Imagem: F1.com
Pela terceira vez consecutiva, a
equipe Italiana larga na ponta, mas não aproveita a vantagem. Hamilton, que não
tem nada com isso, vence e só precisa de 4 pontos para o Hexa.
Opinião Regii Silva:
Ferrari
Largar na pole, ou na primeira fila,
sempre foi sinônimo de vantagem dentro do automobilismo, mas, não para a Ferrari,
nas ultimas três corridas, três poles, nenhuma vitória.
Desta vez, no México, embora a pole
tenha sido herdada de Max Verstappen (este merece um parágrafo mais adiante) a
posição de honra ficou mais uma vez com Leclerc, foi a sétima pole do piloto,
que somadas às duas do companheiro Vettel, chegam a nove poles, para apenas
três vitorias no ano da escuderia Italiana. Mas vamos focar apenas nos três últimos
GPs:
Em Sochi, ocupando toda a primeira
fila, já na largada houve o episódio da troca de vácuo, em que o combinado era
Leclerc, pole, fornecer vácuo para Vettel, em seguida a recusa imediata do
Alemão em devolver a posição. Tudo isso gerou um clima ainda mais ruim entre
ambos, que já vinham de uma rusga desde o GP de Monza. A estratégia adotada,
mais uma vez não foi das melhores e Hamilton vencendo.
Suzuka teve Vettel na Pole e uma
“queima de largada” seguida de uma “não largada”, sepultou os sonhos de uma
vitória no Japão, antes mesmo da primeira curva. Mais uma vez, estratégias
erradas e um comportamento do carro, em corrida, bem inferior ao do quali.
Agora no México, a pole que não veio
na pista, caiu no colo de Leclerc que aproveitou bem e abriu até uma certa
vantagem na liderança, até que, novamente uma estratégia absolutamente errada,
uma segunda parada horrível e novamente um comportamento ruim do carro com os
pneus médios, lhe tirou não só a vitória, como um lugar no pódio.
Vettel, que teve uma melhor
estratégia e um melhor trabalho de box, chegou em segundo e nem por isso deixou
de, mais uma vez, mudar o foco, poderia dar declarações sobre a corrida, sobre
a atuação da equipe, mas preferiu reclamar dos troféus, isso mesmo, ao se
referir ao troféu do GP do México, oferecido pela Cervejaria Heineken como
“merda”:
“Uma pena, nos esforçamos tanto para conseguir um troféu de merda como
esses. Talvez devêssemos ter algo tradicional do México no futuro”. Disparou Vettel.
O mau humor seguiu, quando perguntado
sobre o empurrão no personagem Mexicano que durante o pódio, fazia uma live,
que inclusive era usada na transmissão pela Liberty Media, o Alemão comentou:
“Não gostei, do cara da Selfie quando tentou se colocar na foto, então
acabei o empurrando para longe, não gosto de selfies de qualquer maneira”. Seguiu Vettel.
A boa atuação no GP do México, parece
ter sido menos importante que o troféu ou o cara da selfie.
Mercedes
Uma vitória improvável de Hamilton,
nem mesmo o Inglês acreditava na estratégia adotada pela equipe e por diversas
vezes questionou, mas, ao contrário da Ferrari, a Mercedes, que não precisava,
mais uma vez ousou, arriscou e entregou a corrida nas mãos de Hamilton. Bottas,
o único que até o GP do México tinha mínimas chances de título, com o terceiro
lugar enterrou qualquer esperança que ainda pudesse restar.
Hamilton agora precisa de apenas 4
pontos para sacramentar o hexa, um oitavo lugar em Austin já basta,
Red Bull
Com um desempenho assustador no Q3, o
Holandês Max Verstappen marcou a pole na primeira saída para a pista, em sua
segunda saída, baixou ainda mais o tempo, porém, logo à frente vinha Valteri
Bottas que na saída do estádio, perdeu o controle de sua Mercedes e se chocou
com o muro, imediatamente foram acionadas bandeiras amarela no setor, bandeiras
que foram nitidamente desrespeitadas por Verstappen. Até aí tudo bem, não fosse
a declaração do Holandês na entrevista pós treito:
“Vi que Valteri havia batido. Parecia que eu havia tirado o pé? Não, não
reduzi”. Respondeu quando perguntado se havia visto a batida de Bottas.
Verstappen foi além e disse que se
quisessem excluir sua volta, que o fizessem, obviamente sabendo que sua segunda
volta mais rápida ainda lhe garantiria a pole.
“Sabemos o que estamos fazendo, caso o contrário não estaríamos guiando
um Formula 1. É o treino de qualificação, você vai e acelera. Se eles querem
excluir a volta, que excluam”. Seguiu com um ar prepotente.
Após as declarações de Verstappen, os
fiscais não só excluíram a volta, como lhe tiraram três posições no grid, pois
entenderam que mesmo o holandês tendo a consciência do risco, não parou de
acelerar, ignorando a sinalização de bandeira amarela.
Muito se falou a respeito da atitude
de Verstappen, tanto que só vou me limitar a dizer que, infelizmente, não
esperava nada diferente, e não esperava nada menos dos comissários. Verstappen
é sem dúvida um grande talento, mas talento sem inteligência, humildade, pode
até resultar em algumas vitorias, como realmente acontece com ele, mas títulos,
estes, salvo raras exceções, precisam de algo mais. Verstappen foi genial na
primeira volta do Q3, foi extremamente irresponsável na segunda volta, e foi um
“idiota” dando entrevista, jogou todo o bom trabalho da RBR/Honda e a pole no
lixo com o simples ato de abrir a boca. Eu diria que Max é um gênio com a boca
fechada.
Para finalizar, destaques positivos
para Albon, que vem provando merecer a promoção, Perez com a sétima posição
para a Racing Point e a Renault com Ricciardo em oitavo e Hulkenberg em decimo,
ambos pontuando.
O Hexa histórico de Hamilton acontece
já na próxima semana em Austin no Texas, e acho difícil que os Americanos
repitam a festa Mexicana, sem dúvida o GP mais divertido fora da pista.
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