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Formula 1: Em Silverstone, Hamilton MIMIMIZA (isso mesmo) vitória de Vettel que abre oito pontos na liderança.



Numa largada perfeita Vettel toma a ponta, Hamilton é tocado por Raikkonen, a partir daí acabamos vendo a melhor corrida do ano até aqui.


Opinião Regii Silva:

 A melhor maneira de relatar como foi a corrida, é começar pelo final. Sim, terminado o GP da Inglaterra, o Inglês Lewis Hamilton durante entrevista sugeriu uma possível trapaça da Ferrari ao declarar que a equipe Italiana teria adotado o que chamou de “uma tática interessante na largada”.
Bem, isto explica o título deste artigo. Ao usar o toque, a meu ver de corrida, que tomou de Raikkonen, Hamilton coloca em pratica um novo “verbo”, o MIMIMIZAR, que deriva do MIMIMI, criado recentemente na Formula 1 justamente por esta geração que alem dele, conta  próprio Vettel, Stroll, Verstappen e até mesmo o experiente Alonso. Este “verbo” é posto em prática, sempre que o resultado final de uma corrida não é satisfatório, seja por erro próprio, da equipe ou de terceiros.

Insinuar uma trapaça da Ferrari, é MIMIMIZAR a corrida fantástica de Vettel e a espetacular recuperação dele próprio, é, agora sim, minimizar o fato de que quando foi tocado por Raikkonen, ele Hamilton, já estava em segundo, por ter errado na largada, é minimizar a reação que teve vindo de ultimo para segundo.
Voltando à corrida, e antes mesmo da largada, ficou muito claro uma assustadora evolução da Ferrari, que mesmo com Vettel perdendo a pole para o Inglês por apenas quarenta e quatro centésimos de segundo, a superioridade da equipe Italiana acabaria se mostrando na corrida.

Se voltarmos novamente ao final, com Vettel atacando Bottas e Raikkonen atacando Hamilton, a impressão que se tem é que a “predadora” passou a ser “presa”, claro que neste final havia todo um contexto em que os pneus de Bottas e Hamilton estavam mais desgastados que os pneus das Ferraris, claro que sabemos disso, mas como foi bom assistir aquele final, e como aquele final de corrida faz bem à própria Formula 1.
Tirando a declaração absolutamente sem noção de Hamilton ao final da corrida, sua profunda deselegância ao se recusar a dar a entrevista como é de costume com os três primeiros, a cara de poucos amigos na sala dos pilotos se recusando a cumprimentar Kimi Raikkonen, tirando tudo isso, a corrida, dentro da pista, repito, foi na minha visão a mais movimentada e emocionante em seu final do que todas do ano até aqui.
Deixando as “grandes” um pouco de lado, a terceira força, RBR desta vez foi coadjuvante se limitando a algumas brigas, na mais interessante, Max Verstappen, momentos antes de rodar sozinho e abandonar a corrida, teve um bom duelo com Kimi Raikkonen disputando lado a lado com o Finlandês. Daniel Ricciardo fez uma corrida burocrática terminando em quinto, mas com ambos os carros da Red Bull sem muita força em Silverstone desde os treinos livres.

Destaques positivos do GP de Silverstone:

Fernando Alonso: O Espanhol novamente terminou a corrida na zona de pontuação, desta vez em oitavo, com sua sofrível McLaren, Alonso conquistou os dois primeiros pontos do que podemos chamar de inicio do comando de Gil De Ferran no time.

Sebastian Vettel: Como não poderia deixar de ser, o Alemão fez uma largada perfeita, nos momentos em que não esteve na ponta da corrida foi agressivo e constante e sua ultrapassagem “surpresa” sobre Bottas foi a “cereja do bolo”.

Kimi Raikkonen: Foi destaque, fez uma corrida fantástica, mas este protagonismo nas ultimas duas corridas me incomoda um pouco e falo disso logo mais...

Lewis Hamilton: Apesar das acusações descabidas e do mimimi, Hamilton fez uma corrida digna de quem corre em casa, não se deixou abalar quando caiu para ultimo, recuperou todas as posições que perdeu logo na curva 1 e chegou na mesma posição que estava quando foi tocado, um feito que só engrandece a briga pelo título.       

Equipe Ferrari: A reação da Equipe de Maranello, sobre tudo neste GP, com uma evolução aerodinâmica que surtiu efeito, com uma estratégia perfeita, fazendo uma parada a mais que a rival Mercedes e ganhando na pista, por duas vezes a primeira posição, isso mostra uma evolução digna de quem quer mesmo ser campeã, e de preferência com o Título de Pilotos e Equipes.

Destaques negativos do GP de Silverstone:

Kimi Raikkonen: Vocês devem estar achando que eu enlouqueci, como assim, dar destaque positivo e negativo para o mesmo piloto? A resposta é simples. O próprio fato de Raikkonen estar fazendo ótimas corridas já tem uma conotação negativa. Explico, desde que retornou a Formula 1 pela Lottus, Raikkonen vem tendo um comportamento apático durante toda a duração de seus contratos, e atuações fantásticas quando está prestes a renovar com a Ferrari. Me estranha o fato de justamente depois de ver o nome de Charles Leclerc cogitado para ocupar sua vaga na Ferrari, o Finlandês tenha resolvido acelerar ainda mais. Esta impressão só será apagada quando Kimi iniciar um contrato com a mesma garra com que encerra os mesmos.

Comissários Desportivos: Não acredito que a decisão que tomaram na punição de 10 segundos para Kimi Raikkonen, tenha tido influencia da Mercedes, mas achei absolutamente de corrida o toque entre ele e Hamilton, e achei que a punição foi aplicada apenas por se tratar da Mercedes de Hamilton, que briga pelo campeonato, fosse o mesmo Raikkonen tocando uma Williams, não teria ficado nem sob investigação e isso preocupa muito.

Sergio Perez: Quando a gente pensa que só Romain Grosjean seria capaz de executar aquela manobra de rodar o carro e atravessar a pista durante uma largada, aí vem o Perez e prova que pode fazer pior. Durante a largada, o Mexicano após rodar, tentou voltar para a pista atravessando-a entre os carros ainda agrupados na largada, não contente em atravessar a pista, atravessou também a saída de Box quase sendo atingido pelas Williams que largavam dali. Por sorte nada de mais grave aconteceu. 

É isto pessoal. O próximo GP acontece em duas semana na Alemanha e esperamos que seja tão bom quanto este.
   

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