Pular para o conteúdo principal

Incursão de Carlos Sainz no WRC só o atrapalha na F1.

Sentimentalismo à parte, é claro que é bonito ver o garoto Espanhol seguir os caminhos do pai, atual bi-campeão do Rally Dakar, é obvio que é um reforço de mídia tanto para Sainz quanto para o próprio WRC, mas a pergunta é; Isso o ajuda em sua carreira na Formula 1?
Não, e só atrapalha, ou pelo menos é um risco desnecessário para um piloto que vem despontando na categoria chegando ao ponto de se tornar moeda de troca no acordo entre Renault e RBR para fornecimento das unidades de potencia para 2018.   

Sabemos que com a chegada da Liberty Media, houve um relaxamento no antes rigoroso controle sobre os pilotos da Formula 1 no que diz respeito à participação em outras categorias.

A “visita” de Fernando Alonso a Formula Indy abriu os olhos dos demais pilotos para novas experiências, mas a que Calos Sainz está buscando, já provou ser um tanto quanto traumática quando o então piloto da Renault/Lotus, Robert Kubica, num ato de quase desobediência, se aventurou numa prova de Rali, o resultado todos sabemos.

Não estou com isso afirmando que possa acontecer o mesmo com Sainz, porem, é sim um risco desnecessário, uma simples escapada de pista, em se tratando de Rali, já pode ocasionar uma lesão séria, pois a metros do traçado existem arvores, barrancos e “gurd rail´s.

No caso de Alonso, Stroll, e outros que se aventuram ou que ainda venham a se aventurar em categorias como Indy ou Le Mans, estamos falando de carros e protótipos altamente seguros, correndo em pistas de asfalto e grip até semelhantes ao encontrado na Formula 1, pneus tão bons quanto e pistas tão seguras quanto.

No Rali é exatamente o contrario, aderência zero, segurança mínima, ainda se tratando de um chassi relativamente seguro, o traçado não é, o terreno a frente é desconhecido, controlar o carro na reta já é um desafio, em curva, exige muita, muita experiência.

Para uma jovem promessa da Formula 1, sonho de centenas de milhares de excelentes pilotos do mundo, chegar ao seu objetivo e então buscar outras categorias é no mínimo inesperado destes jovens. No caso de Alonso, é um piloto que já mostrou a que veio na Formula 1 e esta buscando outros objetivos, mas mesmo para Stroll ou Sainz isso passa quase que uma imaturidade, imaturidade esta que não combina com a proposta da Formula 1 que é a de dedicação máxima.

Volto a dizer, é muito comovente as lagrimas nos olhos de Carlos Sainz pai, ao ver o filho seguindo seus passos no Rali, é bonito, mas não é de maneira nenhuma inteligente da parte do filho.     


Postagens mais visitadas deste blog

Quanto Custa? Parte 1: Formula 1600, Formula Inter e Formula 3.

Qualquer piloto que ingresse no Kart, com raras exceções, tem como objetivo uma carreira no automobilismo, num primeiro momento não há piloto jovem ou pai de piloto que não tenha se imaginado, ou imaginado o filho, chegando a Formula 1. Lamento dizer, mas este sonho se torna cada vez mais difícil de alcançar e por muitos motivos. Um deles é a falta de planejamento e de alternativas que devem ser pensadas já no inicio da carreira no Kart.  Pais, managers e treinadores devem ter em mente e passar isso ao piloto, que embora o sonho seja a Formula 1, existem outras categorias espalhadas pelo mundo onde se pode ser profissional e viver de automobilismo, e mesmo seguindo com o sonho de chegar ao topo, existem etapas que devem ser respeitadas ainda dentro do automobilismo nacional a fim de ganhar experiência e progredir de maneira que cada degrau seja vencido rumo ao objetivo traçado. Nesta primeira parte, vamos mostrar algumas alternativas para quem pretende seguir carreira no automob

Piloto é Atleta?

Como sempre, um assunto é noticiado, o sensacionalismo é feito, a pseudo “imprensa” acompanha, porem pra cada fato novo, cada morte nas pistas, cada burrada da Confederação, é bem comum os “jornalistas” apontarem um fato, focarem no acontecido e bater na mesma tecla até aparecer outro fato. O difícil é ver alguém disposto a discutir fatos, dar soluções levantar questões. O assunto da ultima semana foi um novo caso de doping no Automobilismo, mais não parece estranho o próprio termo “doping no automobilismo”? Pouca gente sabe, e os sensacionalistas se “esquecem” de explicar que as leis anti-doping mundiais, as quais a FIA e CBA obedecem, foram criadas para impedir que “atletas”, pudessem levar vantagem em competições sobre outros “atletas”, através do uso de substancias que de alguma forma, aumentem a resistência ou potencia física. Atleta: 1 Pessoa dedicada a pratica de exercícios físicos; ginasta. 2 pessoa que pratica esportes, jogador; esportista. 3 pessoa robusta. (Dicionário Luf

William Starostik: suspenso por 30 dias.

O ultimo comunicado da CBA, convocando empresas para Promover o Campeonato de Caminhões causou tanto alvoroço que outro comunicado, este do STJD, acabou passando quase despercebido. Segue comunicado: O que me estranha em todos estes casos de doping, e não são poucos, é que as punições quase sempre vêm em períodos de recesso dos campeonatos ou em que o Piloto em questão não esta disputando campeonato algum. Chamam isto de afastamento preventivo, tudo bem, pode ser que estejam esperando a contraprova para realmente atestar uso de substância indevida. Mas e se a contraprova der negativo? Neste caso o piloto já foi exposto, porem e se realmente for atestado positivo. Já que os trinta dias de afastamento contam na pena principal, que pode ser de 1 a 12 meses. Digamos que a pena fosse de 1 mês de afastamento, então o piloto já a teria cumprido durante o afastamento preventivo certo? Aí eu pergunto; Tem campeonato Brasileiro de Marcas rolando durante estes trinta