A McLaren escolheu Alonso e não
errou, mesmo sem a certeza de que o Espanhol permaneceria no time, tratou logo
de chutar a Honda, único obstáculo para que o casamento continuasse.
Era uma questão de tempo o
anuncio da permanência de Fernando Alonso na Equipe de Woking, após a “escolha”
feita, priorizando o piloto, e não a “fabrica de motores de GP2”. A escolha foi
obvia, a Honda teve sua oportunidade e não fez o mínimo que dela se esperava,
um motor, por outro lado a parceria entre Alonso e o corpo técnico da equipe, e
um chassis bem construído, minimizaram o vexame que poderia ter sido bem maior.
No fundo, desde a primeira
passagem de Alonso pela McLaren existe um sentimento mutuo de que esta parceria
não tem o direito de fracassar mais uma vez. Em 2007 a Equipe, mesmo tendo o bicampeão
em um dos seus carros, decidiu priorizar todo o investimento que haviam feito
na carreira do jovem Lewis Hamilton, Alonso por sua vez queria as honras que
seus dois títulos mereciam, o fim todos sabem, Alonso fora e Hamilton está ai às
vésperas de ter o dobro de títulos do Espanhol.
Mas McLaren e Alonso são nomes
que por si só definem a Formula 1, a Equipe tem uma historia que se confunde
com a própria categoria e Fernando Alonso, mesmo com “apenas” dois títulos é um
nome muito mais pesado que dos “garotos” Hamilton e Vettel, logo, esta parceria
tem a obrigação de render frutos, senão títulos, ao menos disputá-los de forma
digna.
Ambos fizeram uma escolha errada
a três anos atrás e pagaram por isso, agora em 2018 só o tempo poderá dizer se
a escolha pela Renault foi a mais acertada, mas já se pode dizer que o simples
fato de terem se afastado da Honda já é um claro sinal de que querem mudança.
A Renault e Alonso viveram anos dourados
em 2005 e 2006, o que não significa que hoje a lua de mel se repita, basta
lembra as glorias de McLaren/Honda no passado e hoje o inferno astral que
viveram.
Mas fica claro que com o carro de
2017 da McLaren e o Motor 2017 da Renault os resultados em pista de Alonso teriam
sido bem diferentes, e é neste quadro que a Equipe aposta para 2018.
As escolhas de Alonso nos últimos
anos se mostraram erradas, ainda que o Espanhol negue um arrependimento por
elas, mas a julgar pelas opções que, tanto Alonso, quanto a McLaren tinham, a
continuação da pareceria foi a decisão mais acertada.