Se a intenção da Honda era
mostrar ao mundo da Formula 1 que ainda sabe construir motores confiáveis o
tiro saiu pela culatra.
Todo o esforço entre a Montadora
Japonesa, Alonso e McLaren, para apagar a má impressão causada na Formula 1,
foi “quebrado” justamente pela Honda numa “quebra” de motor nas voltas finais
das 500 Milhas de Indianápolis.
A McLaren fez sua parte ao
liberar o Espanhol para o “sonho americano”, fez mais, uniu-se a Andretti e
entregaram a Alonso um equipamento que o permitiu liderar 27 voltas e ter a
maior media de velocidade até minutos antes da quebra.
Fernando Alonso, como já
esperávamos, mostrou ser um piloto de verdade, daqueles que senta e vira rápido
em qualquer que seja o carro ou categoria. Alonso figurou entre os dez
primeiros durante mais de 80% da corrida, se ganharia, ninguém sabe, assim como
até a penúltima volta ninguém nunca sabe, se disputaria até o fim, sim disto
tenho certeza. Quanto aos demais pilotos, conhecemos bem a todos, são na grande
maioria excelentes pilotos, o que engrandece ainda mais a participação do
Espanhol.
A Honda, bem, a Honda da Indy foi
a mesma da Formula 1, não “privilegiou” Alonso com uma quebra de motor, pois
outros motores também não resistiram, mas o de Alonso? Este deveria ser
inquebrável, era este o combinado, o prometido. Esta era a corrida para a Honda
pedir desculpas a Alonso, se desculpar com a McLaren e com o mundo. Horas antes,
do outro lado do Oceano, a McLaren em Mônaco havia colocado seus dois carros no
Q3, sabemos bem que em Monte Carlo a unidade de potencia não é assim tão
importante quanto um chassi bem equilibrado, evidenciando com isso o fato de
que o carro da McLaren é bom, e o que falta é motor.
De volta a America, tudo o que a
Honda precisava era dar a Alonso um motor que chegasse até o final da corrida,
falhou. Mesmo a corrida tendo sido vencida por um motor Honda e pelo Japonês
Takuma Sato, para a Honda ficou um gosto de derrota. Era mais importante que
Alonso chegasse ao final e se divertisse do que um Honda vencer com um Japonês.
Sim, Sato já havia batido na trave em outra ocasião e motores Honda vencem na
Indy a todo o momento. O mercado que interessa a Honda é a Europa e a Formula
1, o que a Honda queria em seu retorno a Formula 1 era reviver os anos áureos
com Senna e Prost e o que conseguiu até agora foi repetir o fiasco do caso
Brawn.
Fernando Alonso a esta altura já
esta decidido em deixar a McLaren e com ela a Honda, acredito que se algum dia
precisar chamar um taxi e parar um Honda Civic em sua porta, ele dispensa e
segue de ônibus.