Ultimamente ouviu-se de tudo a
respeito da categoria dos brutos, isso é natural quando se tem pouca informação
a respeito, a tendência é que cada um diga o que acha que sabe.
Nas ultimas duas semanas, num
esforço em tentar buscar alguma informação concreta junto aos envolvidos pude
chegar a algumas conclusões e mais, pude obter a opinião de alguns pilotos e
chefes de equipes e as minhas conclusões a respeito estão aqui bem claras,
acredito que os leitores também saberão tirar as suas.
Calendário:
A falta de informação da direção
para com as demais equipes (a ABF sempre esta bem informada) se devia ao fato
de que na sexta-feira passada, dia 20, teríamos eleições na CBA, esta espera pelo
resultado da eleição é bem clara, a Categoria não tinha uma relação das mais
amigáveis com a gestão de Cleyton Pinteiro e aguardava o resultado, talvez na
torcida para a chapa de oposição, não deu, quem ganhou foi a chapa de situação,
isso não necessariamente significa que a nova gestão não tenha boas intenções
para com a Categoria, mas no caso, a Categoria tem uma certa rejeição à atual
gestão.
Passada a eleição, o que fica
claro em todos os depoimentos, é que a Categoria partiu para um plano B, que
seria fazer um campeonato pela CODASUR, ou até mesmo se transformar em uma LIGA
esportiva.
Na quarta feira dia 25/01 a
Categoria finalmente soltou um calendário com provas na Argentina e Uruguai,
reforçando ainda mais a suspeita que a chancela buscada para o campeonato seria
a CODASUR.
O mais estranho foi que no
calendário apresentado, alguns autódromos como, por exemplo, o de Goiânia, não
havia sido nem consultado, conforme informou AGETOP Agência do Governo de Goiás
que é responsável pelo Autódromo Ayrton Senna.
Informações Privilegiadas:
A distribuição de informação de forma seletiva,
ao meu ver, também fica muito clara, enquanto as demais equipes aguardavam
desesperadamente um calendário, alguns pilotos da equipe ABF (Equipe de Neusa
Navarro Felix presidente da Formula Truck) já estavam fechados com
patrocinadores usando informações dias antes de serem divulgadas as demais
equipes.
Na segunda-feira dia 23 de
janeiro, dois dias antes da divulgação do Calendário, em conversa com o Piloto
Raijan Mascarello, ele revelou o seguinte;
“Até onde eu sei, já esta
acertado um patrocinador Master, e bom, só não vou poder falar, mas a coisa é
certa, já temos corridas no Uruguai e Argentina, já confirmadas, TV também esta
fechada.” (Raijan Mascarello)
O que fica claro é que com estas
informações, pilotos da ABF e a própria ABF, conseguem se programar, buscar
apoiadores e isso equivale a dizer que estão sempre um passo à frente das
demais equipes.
Depoimentos:
Durante estas duas ultimas
semanas, procurei conversar com o maior numero de pessoas envolvidas possível,
se é que existem lados, tentei falar com a maioria, não tenho o contato de todos,
mas dos que tenho, tentei, via telefone, whatsapp ou Messenger, os procurados
por mim foram, Roberval Andrade, Felipe Giaffone, Debora Rodrigues, Raijan
Mascarello, Leandro Totti, Adalberto Jardin, Djalma Fogaça, Alex Fabiano, Paulo
Salustiano e Wellington Cirino, destes, alguns responderam prontamente, outros preferiram
não se manifestar, outros ainda nem visualizaram meu contato e os que deram
seus depoimentos, o fizeram de forma natural, sem perguntas e respostas e
usaram o tempo e a quantidade de informações que desejaram, alguns foram
sucintos outros exageraram na quantidade de informações, mas esta tudo aqui, na
integra, e seus depoimentos devidamente gravados para posterior revisão se desejarem.
Os que deram seu depoimento estão abaixo, os nomes que não aparecem obviamente
não falaram. No caso de Paulo Salustiano, este informou que estava em viagem
mas falaria prontamente ao retornar, porem a matéria foi fechada antes, até pela
velocidade em que as coisas se apresentam neste caso.
Racha/CBA/Comando da Categoria
Muito se falou a respeito de um
racha na categoria, falou-se que algumas equipes se reuniram, criaram grupos de
whatsapp e muito mais, mas o que realmente ouve?
Em agosto do ano passado, houve
uma reunião com alguns representantes de equipes e pilotos, em meio a uma seria
crise financeira que se instalou na categoria, problemas estes já amplamente
divulgados, esta reunião, cujo motivo era tentar cobrar da presidente os rumos
que a Categoria estaria tomando, acabou sendo encarada como uma “rebelião” e a
partir daí as relações entre o comando da Categoria e as demais equipes começou
a se distanciar até nos dias de hoje culminarem em comentários do tipo;
“Se alguém quiser boicotar o campeonato,
acho que não vai pra frente, mas se alguém quiser não tem estrutura, pode ser
em 2 ou 3 anos. Ela (Neusa) tem a estrutura e uns 13 caminhões. Faz um
campeonato só com os Trucks dela kkkk. Não é assim que se começa uma
categoria...” (RaiJan Mascarello)
Outro que nunca se omitiu em dar
opinião é Djalma Forgaça e na visão dele, nem a própria presidente da Categoria
sabe ao certo o que pretende fazer;
“Um organizador de uma categoria,
no caso a Neusa, jamais poderia fazer o que ela fez com a gente, com equipes
que estão lá do lado dela, será que estas equipes são importantes ou não, é só
você pegar e tirar do campeonato dela a equipe do Renato Martins, que ta lá
desde a primeira corrida, a do Forgaça que ta desde o segundo ano da categoria,
tirar o Roberval que ta a dezessete anos lá, tirar o Muffato, tirar um Beto
Monteiro que é bicampeão da categoria, Felipe Giaffone que é o maior
colecionador de títulos da categoria, o Roberval que é bicampeão e que levou
fabrica lá pra dentro, e simplesmente pra estes caras você não dá uma palavra.
Você fazer um calendário sem consultar as equipes, um calendário que na minha
cabeça ele não existe, até por que tem autódromos que eu já recebi informação
de que nem entrar em contato com estes autódromos ela entrou. Eu se tivesse um
calendário desde o final do ano, como é praxe em todas as categorias do Brasil
ou do mundo, você ta negociando com patrocinador, eu sempre tive entrada de
grana em Janeiro e Fevereiro e esse ano simplesmente eu não tive, eu já sabia
que não ia ter, por que eu não tive nada pra apresentar pro meu patrocinador
principal que era a Autotrac, tanto que fui tentar renovar e me perguntaram
cadê o calendário? Vão correr onde? Eu não tinha uma resposta, por que a minha
“presidente” não tinha nenhuma resposta pra gente, nada nem chamou alguém pra
conversar, pra falar que a situação ta difícil, isso não aconteceu. O que eu
tive de fazer? Chamar a minha equipe inteira e dispensar. Então cara, é uma
situação bastante difícil, bastante delicada, eu gostaria que estivesse tudo
bem. Eu tenho a ótica de algumas coisas hoje que eu prefiro nem falar, mas a
gente tem que esperar...” (Djalma Fogaça)
O que fica nítido é que a Formula
Truck culpa a CBA pela atual crise, alguns dizem até que a entidade quer
“tomar” a categoria das mãos de Neusa Navarro, uma entrevistas do ex-presidente da
CBA Cleyton Pinteiro, deu munição para o “inimigo” quando disse;
“Ela (Neusa) tem um contrato com
a CBA até o final do ano (2016). Esse contrato pode ser renovado ou não, ela
como promotora, porque na verdade o campeonato é da CBA. O promotor é quem tem
o contrato de promoção do evento. O dela termina no final do ano e poderá ser
renovado ou não...” (Cleyton Pinteiro em entrevista ao site GP)
Depoimento como estes, aliados a falta
de informação das equipes só fizeram aumentar as incertezas e o clima, que já
não estava bom, só fez piorar, e as acusações mútuas não param. A Categoria acusa
sempre a CBA por tudo, e nas entrelinhas insinua que as Equipes descontentes
estariam apoiando a CBA e com isto formar um campeonato deixando a ABF de fora.
Tal comentário não se sustenta, seria um verdadeiro tiro no pé tentar primeiro
enfraquecer a Categoria, que é o ganha-pão de todos.
Os comentários referentes a CBA vão além, ambos os “lados” concordam que a Categoria poderia driblar a CBA e buscar uma chancela da CODASUR por exemplo e a quem diga que a Categoria poderia se tornar independente se tornando uma LIGA;
“A Truck esta passando um momento
delicado, mais pela crise que o Brasil esta passando, perdeu importantes
patrocinadores e os custos com certeza não baixaram principalmente o que é pago
à CBA, que no meu ver em épocas de crise teria de fazer um esforço para ajudar
a categoria”. (Raijan Mascarello)
Alex Fabiano embora sendo mais
cauteloso, também aguarda uma definição sob que chancela a categoria ira
correr;
“Então, eu estou com o que a
maioria decidir, to aguardando o pronunciamento da Categoria a respeito de qual
será a chancela do campeonato, se será CBA, CODASUR ou se for uma LIGA, então
eu to aguardando, já falei com outros pilotos, eu vou aguardar, alguns já se
decidiram mesmo sem saber qual será a chancela, mas eu prefiro esperar um pouco
ainda. Quanto a crise, acredito que alguns pilotos são a favor da CBA, para
outros isso não tem a menor importância, quanto a mim vou aguardar a decisão da
maioria e sigo na maioria”. (Alex Fabiano)
Outra situação levantada por Djalma
Fogaça, é que mesmo a Categoria optando por correr pela CODASUR, teria que ter
o aval da CBA, e numa opção por LIGA, alerta que os pilotos que correrem por uma liga
independente, automaticamente não poderiam participar de nenhum outro
campeonato regido pela CBA.
“A gente não sabe por onde a
gente vai correr, se é por CBA, por CODASUR ou por LIGA, entendeu? Se vai
correr por uma LIGA me atrapalha, se eu quiser correr amanhã em outra categoria
no Brasil eu não consigo por que isso é contrato que os pilotos tem com a CBA,
te colocam numa situação difícil pra caramba e você fica ali sem saber o que
fazer...” (Djalma Fogaça)
“Esse negocio de LIGA, é conversa
por fora, nunca ela (Neusa) falou, mas CODASUR, se ela vai fazer fora e a CBA
não sabe, é CODASUR, e CODASUR tem que ter a anuência da CBA, agora, como que
tem um calendário divulgado com corridas na Argentina e no Uruguai que isso aí
é CODASUR e a CBA não sabe, a CODASUR sabe e a CBA não sabe? Isso não
existe...” (Djalma Fogaça)
“Tanto
que esta posição agora em que a gente tem um racha ai, é muito claro isso, e
tudo isso chegou a um ponto que para mim, se tiver uma Liga, correr na
Argentina, correr no Uruguai eu to fora, vou correr em outro lugar, se
tiver outra categoria onde eu veja que o
negocio é feito com paixão eu vou pra lá, eu espero que tudo se acerte entre ela e a CBA, um racha, neste momento não é bom pra ninguém, a não ser pra pilotos que possam enxergar isso como uma vantagem, pra conquistar resultados em pistas, mas aí ou você joga em grupo ou joga pra si. Na minha ótica, se quiser pensar em voltar aos tempos de gloria da Truck, tem que pensar no coletivo e não no individual.” (Djalma Fogaça)
Voltando à minha opinião e fica muito claro a
medida que vamos ouvindo os depoimentos e notamos a falta de clareza com que as
coisas são tratadas, notamos também que a maioria se omite em dar opiniões,
outros se mantém de forma mais neutra, quando o Fogaça se refere ao clima como
um “racha”, isto não significa uma racha literal, com equipes pensando em se
separar, fundar outra categoria ou coisa parecida, não vejo desta forma, o que
vejo são três lados:
O lado da Categoria, onde as pessoas que deveriam se pronunciar e responder aos questionamentos da maioria, mas que no momento se encontra acuada e ainda sem saber realmente que decisão tomar, e mais, falta humildade para se sentar na mesma mesa com todas as equipes e juntos definir o futura da Formula Truck, que na verdade é de todos e não pertence a uma pessoa só, e é muito maior do que pensam.
O lado das equipes, que geram empregos, que não recebem nenhuma informação, equipes que estão dispensando funcionários, e estão proporcionalmente, devendo muito mais que a categoria e não obtêm nenhuma resposta a ponto de desabafarem em espaços como este, e em redes sociais e o que conversamos pessoalmente notamos que a realidade destas equipes é ainda mais dura do que transparece.
E finalmente o Lado dos Pilotos
que buscam viver de automobilismo e se encontram numa posição em que não sabem
nem se haverá um campeonato, nem se o calendário que receberam é verdadeiro ou
falso, sob qual chancela o campeonato ira correr e mais dezenas de
interrogações.
Alguns se omitem, outros acabam se prejudicando falando sozinhos, mas que no final das contas se houver algum beneficio este será de todos.
Não é uma questão de lados, quem
esta na categoria desde o inicio sabe o que mudou de uns anos para cá, para
quem estava de fora, e talvez não entenda o que era a relação de amizade entre equipes, pilotos e Categoria, Djalma
Fogaça que esta lá desde o segundo ano da categoria conta como era esse
relacionamento;
“Minha posição é um pouco diferente
dos outros, sempre foi uma paixão, desde que eu sentei num Kart pela primeira
vez, pela paixão, virou minha profissão, eu queria viver como piloto e cosegui,
passei a ter Equipe, e minha equipe já foi de caminhão, e por que eu encontrei
no caminhão um cara chamado Aurélio Batista Félix, que tinha vindo do nada, e
nesse cara eu encontrei uma paixão pelo automobilismo até maior que a minha,
ele foi um cara que fez muito pelo automobilismo, ele reformou autódromos,
Santa Cruz do Sul, Cascavel, Fortaleza, esse cara fez grandes obras pelo
automobilismo brasileiro, nunca por dinheiro, sempre pela paixão...” (Dajalma
Fogaça)
“Quando surgiu na metade do ano
passado, o negócio de fazer outra categoria, eu sempre fiquei em cima do muro,
mas mesmo no meu muro, todos sabiam que eu era muito pro lado da Neusa, por
tudo que o Aurélio fez por mim, inclusive na morte do meu pai, a Neusa também
sempre me ajudou, ela também sempre soube dessa paixão minha. Eu com a minha má
administração como gestor de uma equipe, eu sempre tive dificuldade desde que a
Ford saiu, ela sempre me ajudou. Esse ano o que
aconteceu? Esse ano não ano passado. Na minha equipe eu sempre tentei passar
essa paixão pelo automobilismo, pra algumas pessoas eu consegui e outras não, e
é muito difícil lidar com pessoas que não tem paixão, então eu decidi parar e
esse ano eu quero voltar a ser só piloto. Passei tudo pro Fabinho ele aceirou e
eu vou ser só piloto...” (Djalma Fogaça)
Mas o
que poderia ter mudado tanto em questão de um dois anos? Todos são unanimes em
dizer que o que vem faltando é clareza nas informações e a categoria parou de
conversar com as equipes, e mais, que as informações circulam apenas no âmbito
da ABF equipe de Neusa. Mesmo os pilotos mais “políticos” como Adalberto Jardim
deixa à entender que há uma falta de dialogo da presidente com as Equipes e
Pilotos:
“Neste momento, a ultima coisa
que precisamos é de comentários negativos sobre a Formula Truck. Nos últimos
dias muito se falou, e muita coisa desnecessária que não acrescenta nada. Temos
tido alguns problemas, eu diria indefinições, mas não vejo isso como alguns
veem. Claro que precisamos sempre saber dos planos que envolvem a categoria e o
quanto antes, até para nos planejar, mas acredito sempre que as decisões são
sempre tomadas para o bem da Formula Truck. Talvez haja a necessidade de uma
aproximação maior entre a Direção e as Equipes, um pouco mais de dialogo, mas
nada alem disso. No mais é focar na temporada e fazer um bom Campeonato em
2017”. (Adalberto Jardim)
O dialogo que falta com as demais
equipes parece sobrar entre a categoria e os pilotos da Equipe da presidente da Categoria. Minha opinião é que a Promotora do Evento nem deveria ter equipe,
mas isto é outra historia.
As informações privilegiadas para
a ABF, a exemplo do Calendário, só piora as relações que já não estão boas:
“Quando eu vejo Regii, que um
piloto pagante tem todas as informações da “presidente” e você que ta lá a mais
de vinte anos não tem estas informações, é que o negocio não é feito mais com
paixão, é dado valor a quem paga, eles tem informações, eu vejo objetivo nisso,
que o objetivo é ela ter a equipe como negocio dela, como a Porsche, que tem um
organizador, que tem aquilo como o negocio dele, hoje eu vejo uma intenção dela
de ter o clubinho dela, as equipes dela, e é um direito dela, quem não ta
contente que se mude, para mim ta muito claro isso...” (Djalma Fogaça)
“Outra coisa, a visão de um
empresário que brinca de correr é muito diferente de quem faz isso gerando
emprego, é diferente, o cara diz, vou lá e vou brincar de correr, tenho meus
patrocínios aí, tem uma troca de chumbo, entendeu? Não é patrocínio, é troca de
chumbo o cara da uma coisa pra vender outra, então são questões diferentes, e
mesmo o piloto que corre com patrocínio mesmo, a visão dele é diferente, o
custo dele pra ir pra Montevideo, pra Buenos Aires ou ir pra Goiânia é igual,
não muda nada, o cara ainda aproveita a corrida pra dar um passeio, para as
equipes não cara, com o custo de uma corrida na a Argentina você faz três
corridas aqui no Brasil, é diferente, você tem que por a equipe inteira num
avião, ou passa os caras ai vinte dias na estrada comendo e bebendo, fica
parado na fronteira sete dias comendo e bebendo, tudo isso é custo, é carreta é
combustível , é pagar fronteira, pagar um monte de taxa absurda que você não
tem aqui, então a visão de um piloto e pra quem tem equipe é muito diferente
cara...” (Djalma Fogaça)
“Não pode num ano de crise desse
cara, e não é uma crisezinha, você vai daqui pra Londrina já é complicado os
custos, ai você vai lá no calendário e bota Caruaru, Argentina e Uruguai, ah ta
bom mas a categoria vai ajudar, então ta bom, então na hora de divulgar chama
as equipes antes e comunica, fala, nos vamos correr la mas o Governo vai
ajudar, ou vai ajudar com transporte, vai dar algum beneficio, mas esta
conversa não existe... Estes são questionamentos que eu tinha que estar fazendo
pro dono do Evento, mas este dialogo não existe”. (Djalma Fogaça)
“Então pra resumir tudo que eu
falei, eu vejo assim Regii, eu posso te dever, você me dever, poucas pessoas
hoje podem bater no peito e dizer que paga tudo em dia, é uma conta que não
fecha, você ta ali num negocio que mais sai do que entra, então você não é um
administrador de empresa, é um administrador de dividas, esse é o meu negocio
hoje, só que nisso ai você não pode perder a confiança, eu posso te dever, você
me cobrar e eu te falar, Regii não vou te pagar hoje mas vou te pagar tal dia,
vou te pagar em três vezes, quatro vezes, você vais aceitar, por que você
confia em mim. Eu sempre confiei nela (Neusa), hoje eu não confio mais, por que
a partir do momento que eu to lá a vinte anos, eu não tenho uma palavra do
organizador, e um piloto pagante, que nunca pois um bem próprio dentro da
categoria, e não é só um não, eu não to falando de um, to falando dos pilotos
dela, o cara tem uma informação que eu deveria ter, isso ai quebra a confiança,
então na minha ótica o dinheiro vale mais para ela do que a minha presença lá”.
(Djalma Fogaça)
As indefinições seguem, mas com
prazo certo, a CBA através da sua nova gestão já encaminhou oficio para a
Direção da Formula Truck para saber a posição da categoria e este oficio deve
ser respondido em dez dias:
“Eu sei que a CBA mandou um
oficio para ela, com o novo presidente que foi eleito na sexta feira (20/01) e
na segunda feira ele mandou este oficio, diferente do que muita gente acha, que
a CBA quer tomar a categoria dela, a CBA não tem interesse nenhum nisso, em nenhuma
categoria, isso é só despesa pra CBA, então o novo presidente já mandou este
oficio para ela, o prazo para ele responder é dez dias então a gente tem que
esperar, mas se for um campeonato fora da CBA eu to fora. Espero que tudo se acerte e que ela siga com a CBA, isto seria bom pra todo mundo, um racha neste momento não é bom para ninguém.” (Djalma Fogaça)
Numa coisa todos concordam, a
Formula Truck é uma Categoria única, atrai um publico que nenhuma outra
categoria de automobilismo atrai, tem um espaço único de mercado, um potencial
gigantesco que esta sendo colocado a prova, por questões infinitamente pequenas
diante do grande potencial da Categoria, seja por ego, ignorância ou
ingenuidade, Promotores e Equipes deveriam mais do que nunca tentar novamente
pelo caminho do dialogo, quanto mais as informações se tornam raras, surgem as
informações fictícias que em questão de tempo se tornam as “verdade de cada
um”, passamos comentar, ler e repassar situações que nem sempre são a
realidade.
O objetivo aqui, foi tentar falar, buscar informações onde tinha alcance, se não esclarecemos tudo, também não era este o objetivo, estamos tratando de um assunto onde os principais envolvidos, os principais responsáveis estão tão confusos quanto nos que estamos de fora, o que consegui retratar foi o ponto de vista de pouquíssimas pessoas que de dispuseram a falar, os que não falaram, já expressaram sua opinião ao não falar.
Seja qual for o rumo que as
coisas tomem, espero que seja para o bem de pilotos e equipes.