(Imagem: Gabriel Pedreschi)
Alguns pontos a destacar sobre a rodada dupla da Stock Car em Curitiba no ultimo final de semana.
Alguns pontos a destacar sobre a rodada dupla da Stock Car em Curitiba no ultimo final de semana.
Primeiro: A primeira corrida
jamais deveria ter acontecido, não sei de quem é a decisão final, imagino que
seja da Direção de Prova, que errou em dar inicio a corrida mesmo com Safty
Car, errou mais ainda em autorizar a saída do Safty Car por três vezes deixando
a corrida em bandeira verde sem a menor condição para isto.
Acredito sim que exista mais envolvidos, como canal de televisão e a própria organização do evento que ao cancelar a corrida teria de devolver ao pequeno publico local pelo menos a metade do valor do ingresso.
A decisão foi falha, seja por
qual for o real motivo, basta lembrar que a morte do Piloto Gustavo Sondermann em 2011 na então Copa Montana, que fazia parte do mesmo evento, se deu em condições bem
semelhantes, o que a meu ver, já era motivo suficiente para tal corrida nem ter
acontecido. O publico quer sim ver corrida, mas não quer de maneira nenhuma ver
um piloto morrendo diante de seus olhos.
Segundo: A fragilidade de um
carro, ao qual se da o Status de pertencer a “maior categoria” do automobilismo
nacional, um carro cuja vaga numa temporada não custa menos de 1,5 Milhões, não
tem a menor condição de visibilidade e dirigibilidade na chuva. Verdadeiros
“gênios” da preparação como Meinha e Matheis só pra citar dois, engenheiros,
mecânicos de renome, ninguém, absolutamente ninguém consegue resolver um
problema simples como desembaçar um para-brisa. Sim, isto deve ser colocado
desta forma ridícula mesmo. Isto porque o automobilismo é pensado quase sempre
para dias maravilhosos de sol.
Acredito que nas condições de
pista que tivemos em Curitiba, nada que fosse feito iria amenizar a total falta
de visibilidade dos pilotos, porem em outras condições de chuva numa
intensidade menor estes problemas também existem, por exemplo, a questão dos
limpadores de para-brisa que de cada dez carros sete não funcionaram
corretamente nos deixando a pergunta. É tão difícil assim para um engenheiro
fazer com que um equipamento que foi inventado a séculos atrás funcione num
carro de corrida?
Enfim, num final de semana que
começou com pilotos parando o carro de corrida em frente à torre para assinar a
ficha de inscrição, só poderia terminar desta forma mesmo.
Ponto positivo para a atitude de
pilotos como Popó Bueno que liderou um movimento contrario a continuidade da
primeira corrida e foi apoiado por outros como Ricardo Zonta, Thiago Camilo,
Daniel Serra entre outros, uma clara manifestação de descontentamento com a
atitude da direção de prova que a meu ver foi a grande vilã do final de semana.