Todo mundo já sabe que durante a corrida da Stock Car que aconteceu em
ribeirão Preto, o Piloto vice-campeão da Formula Indy bateu forte ainda em seu
primeiro contato com a pista a mais de 180km/h. Todo mundo sabe que o acidente
acabou tirando a chance de Helinho voltar a participar de uma corrida de Stock
Car e na cidade onde cresceu.
O que pouca gente sabe é que após o acidente, organizadores, promotores e
representantes da Prefeitura de Ribeirão Preto se reuniram por um pedido de
providencias feito por alguns pilotos por mais segurança na pista. O pedido era
muito simples, aumentar em três metros a área de escape entre a pista e a
barreira de pneus onde momentos antes o carro de Helio havia se chocado. A
resposta da Prefeitura foi que no local da suposta ampliação da área de escape
haviam algumas mudas de arvore que não poderiam ser arrancadas por uma serie de
implicações que isto poderia causar. A resposta dos Organizadores à esta
declaração foi “tudo bem”. A área de escape continuou a mesma em que Helio
bateu e a vida seguiu normalmente. A vida seguiu normalmente mas poderia não
ter sido assim, o próprio Helio poderia ter se machucado de maneira mais grave
e poderia estar fora da disputa do título da Indy.
Tudo bem, dai você pode dizer, “e se” são conjecturas e nada aconteceu,
quem bom. A prefeitura de Ribeirão Preto foi ecologicamente correta, os
promotores da corrida já vinham dizendo amem para a Prefeitura bem antes de o
circo ser armado, pois a cidade de Ribeirão Preto não quis arcar com a
construção da pista como fizera em anos anteriores.
Pode soar meio incorreto o que vou dizer, mas trocar três arvores pela
segurança de trinta e quatro pilotos me parece “muito ecológico” e pouco “lógico”,
sabemos que a segurança dos pilotos não é uma prioridade quando o dinheiro esta
em jogo, estamos até acostumados, vide a curva do café, a fatídica jincane pro
lado errado, as lombadas de Brasilia a punição para piloto que usar a zebra ao
invés de concertar a zebra, tudo isso sabemos, estamos fartos e quando mais um
piloto morrer, o tempo vai passar e ele será só mais um. O dia em que pilotos
cruzarem os braços talvez algo mude.