Numa rápida zapeada encontro a noticia
de que Eike Batista caiu 93 posições no ranking dos bilionários, e a piada
estava pronta. Seria o culpado de tamanha queda o nosso querido Bruno Senna? É
claro que é uma brincadeira e de gosto duvidoso, porem toda brincadeira tem um
fundo de verdade, então me fiz outra pergunta. Qual foi o retorno de Eike, através da OGX, como
investidor da passagem relâmpago de Senna na Williams? Eu diria que nenhum.
Então entremos no tema.
Já faz muito tempo que não vemos
ninguém que chegue a Formula 1 sendo contratado e com salário para isto, ao
contrario, o natural é vermos pilotos como Sergio Perez e Pastor Maldonado, só
para citar dois latinos, chegar com uma mala cheia de dólares e ainda assim,
ter de mostrar resultado para permanecer na categoria por mais de um ano. No
caso de ambos, estes se mostraram medianos e ainda assim conseguiram vitorias e
contratos melhores. No caso de Senna, não foi o dinheiro, mas a falta de
consistência que o tirou da Williams, nem o peso do sobrenome que carrega foi o
suficiente para a equipe que não chegou a criar uma identidade com o sobrenome
Senna, como ocorreria na McLaren por exemplo.
O fato é que, para nós, os mais
antigos do automobilismo, o termo “piloto pagante” é quase um xingamento, e o
que dizer então de Piloto pagante que não paga? Este é o caso de Luiz Razia, e
que julgo eu, encerra a carreira dele na Formula 1. Ter de pagar pra andar numa
carroça como a Marussia já é chato, não depositar o dinheiro então é o fim,
principalmente para um piloto que onde andou se mostrou rápido. Para o
patrocinador, acho que foi o melhor negocio de sua historia não ter depositado,
o primeiro calote para o qual tiro o chapéu, e se hoje Luiz Razia se sente meio
aborrecido, em breve percebera que foi o melhor até mesmo para ele.
Éramos conhecidos como o país dos
Campeões, passamos a ser conhecidos como o país dos que pagam para correr, e a
partir de agora seremos conhecidos como o país dos pagantes que não pagam.
Estamos bem lá fora hem?
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