O que mede a real capacidade de
um piloto? Resultados? Em parte sim, pois no final das contas o que contam são
os números. Popularidade também conta, uma vez que temos uma dezena de pilotos
na atual Stock Car que vivem apenas de tirar fotos e dar autógrafos e que não
tem a mínima noção do que fazer quando são amarrados ao cinto de um carro de
corrida.
E se ao contrario de
popularidade, tal piloto tivesse um baixo índice de aceitação e ainda assim com
resultados expressivos conseguisse chamar a atenção mesmo dos que não agrada?
Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno
Filho, ou simplesmente Cacá é esta pessoa. Ele teve a sorte e o azar de ter
nascido filho de Galvão Bueno, o melhor narrador esportivo da maior emissora de
televisão do País, sorte, por ser seu pai, como ele, uma excelente pessoa, um
profissional dos melhores e um destaque no que faz. E azar, pelos mesmos
motivos anteriores. Num mundo competitivo como é o automobilismo e o jornalismo
vale o provérbio japonês em que “o prego que se destaca é martelado primeiro” e
mais do que nunca isso valeu para o pai Galvão e posteriormente para o filho
Cacá. Não é preciso andar muito para encontrar alguém que mesmo sem entender
nada da mecânica de como funciona uma narração esportiva, mas que tenha na
ponta da língua uma ou duas criticas a fazer sobre Galvão. Com Cacá acontece o
contrario, os leigos o amam os pares o detestam. Tanto ódio tem um porque, ele
é o prego que se destaca e constantemente é também martelado, porem no seu caso
o martelo é que sai danificado.
Se a capacidade de um piloto se
mede em números ele tem números pra mostrar, Tetracampeão da Stock Car e atual líder
do Campeonato, Bicampeão do Troféu Línea e atual segundo colocado no campeonato
e em seu ano de estreia no GT Brasil ocupa a terceira posição no campeonato.
Vamos ficar só com os números atuais para rapidamente analisar. Seria Cacá
Bueno uma farsa criada pela mídia apenas por ser filho de Galvão? Acreditem, já
ouvi isso em algum lugar, e ele prova o contrario a cada vez que entra num
carro de corrida. O carro de Cacá só pode ter alguma alteração, não esta no
regulamento. Isto, também ouvimos todos os dias, recentemente sobre a
supervisão da CBA, o carro de Cacá Bueno e outros seis da categoria Stock Car,
foram levados para a sede da JL, empresa construtora dos carros, todos foram
desmontados peça por peça, parafuso por parafuso, segundo a CBA, nada foi
encontrado, nem no carro de Cacá nem dos outros. Isso nos leva a entender que
se os equipamentos estão no regulamento, o que sobressai é a capacidade do
preparador e do piloto que o guia.
Mas as reclamações vão alem,
dizem que Cacá tem mais visibilidade na mídia e por isso consegue melhores
patrocinadores e contratos, quem diz isso? Os próprios pilotos que no inicio do
ano participaram de uma chamada na Globo valorizando o próprio Cacá onde diziam
que ele era o “homem a ser batido por todos no grid”. Não me lembro de na historia recente do
automobilismo de ver tantos pilotos bajulando um oponente. Na era Schumacher da
Formula 1, até mesmo o próprio irmão Ralf, minimizava seus feitos dizendo que
se tivesse o mesmo equipamento faria igual, me lembro de ver alguns poucos
elogios bem mais discretos sobre Senna vindo dos companheiros da época, mas
nada ao ponto de participar de um comercial para bajulá-lo.
Enfim, acho que atualmente não da
realmente para comparar Cacá Bueno com mais ninguém no grid, se pudesse lhe dar
um conselho, pediria que fosse para a Nascar, para buscar desafios e disputas
que não vem tendo à altura no Brasil.
Carlos Eduardo dos Santos Galvão
Bueno Filho, ou simplesmente Cacá, ou melhor, “o prego que se destaca”, o prego
que quebrou o martelo.
Cacá devia tentar a DTM. Seria bem legal, e sem o "problema" de ter que correr em ovais e tal
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