Ironicamente a Equipe cujo slogan do patrocinador principal é o famoso “te da asas” é a que menos tem usado a asa móvel, isso porque pela regra, para lançar mão do recurso aerodinâmico, o piloto precisa estar à menos de um segundo do carro que vai a sua frente, e ultimamente ninguém anda na frente de Sebastian Vettel, exceção única na vitoria “zebra” de Hamilton.
O aparato tantas vezes proibido no passado, quando usado por uma ou outra equipe, ainda que discretamente, hoje é quase a redenção de uma monótona Formula 1, que a cada ano que passa perde mais espectadores, justamente pelo marasmo que vivia até 2010. Circuitos travados, curvas de baixa antecedendo às retas, a zona de turbulência causada pelo carro da frente na área do vácuo, tudo isso resolvido ao se reescrever a regra e tornar legal o que antes era quase um crime.
Foi em 1993 que a Equipe Williams apresentou um projeto revolucionário onde a suspensão do seu carro era toda ajustável eletronicamente, a suspensão ativa, fazia com que o próprio carro se comportasse de maneira a identificar a inclinação de uma curva e se ajustar da maneira mais adequada. Foi nesta ocasião que a FIA de maneira clara, proibiu em seu regulamento qualquer peça móvel nos carros. Mal sabiam que uma peça móvel, fosse responsável pelo resgate das ultrapassagens, e com elas a emoção e a satisfação de milhões de espectadores espalhados pelo mundo.
Há quem diga que é uma coisa meio injusta para o piloto que vai a frente, pois o ganho de velocidade é tão grande com o a diminuição do arrasto aerodinâmico, que não é difícil ver uma Sauber, ou Force Índia, brigando com Williams e Renault, Mercedes ultrapassando Ferrari e muitas, muitas ultrapassagens. Mais para que pensa ser injusta uma ultrapassagem se utilizando de um recurso que o oponente não poderia usar, se engana, pois este papel se inverte na próxima volta e a caça passa a ser caçador. Talvez esteja aí a verdadeira graça, pois os carros ficam mais próximos entre si durante toda a corrida.
Voltando a Red Bull, esta nem com KERS, nem com DRS, o Touro Vermelho voa sem precisar de asas, e não fosse este aparato nos outros carros, a vergonha seria muito maior, um domínio pra não deixar duvida. Não se assuste se as próximas atitudes da FIA sejam as segintes:
1 Retirar a asa móvel apenas da RBR.
2 Retirar o KERS apenas da RBR.
3 Retirar Sebastian Vettel da posição de titular e colocá-lo na reserva.
Piadinha, é claro.
Comentários
Postar um comentário