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Carrões e Energéticos.

Esta cada vez mais clara a idéia de que, por incrível que pareça, que não haverá ordens de equipe na RBR, nem mesmo na ultima corrida do ano. Palavras do próprio Dietrich Mateschitz dono da Red Bull “Prefiro ser Vice, do que ganhar por jogo de equipe”. Muito já foi dito sobre jogo de equipe na Formula 1, desde os tempos de Barrichello, e minha opinião já deixei bem clara em posts anteriores. Meu objetivo aqui vai alem, é tentar entender a cabeça de Dietrich, e a resposta pode estar na latinha de Red Bull, eu explico.

Não vamos ser hipócritas e achar que realmente o pensamento dele tenha algo a ver com o bem do esporte, longe disso, um homem de negócios nato como ele, que comanda uma Empresa que fatura bilhões, não se daria ao luxo de rasgar dinheiro em nome do esporte, o que, uma atitude dessas pode lhe trazer, é sim, mais dinheiro. A marca Red Bull esta associada ao esporte, e não há mais como não associar esporte de aventura e hoje esporte a motor à marca, e isto sim, faz com que suas latinhas de energético não parem nas prateleiras, assim como algumas marcas, acabam virando referencias de produtos, ex. Bom Brill, para esponjas de aço, a marca Red Bull, é sinônimo de energético, e atinge um publico muito maior do que, por exemplo, uma montadora de carros superesportivos como a Ferrari. Com isso concluímos, que numa atitude anti-desportiva, como dar uma ordem pra uma inversão de posição durante uma corrida, uma marca como a Red Bull teria muito mais a perder no mercado, do que uma marca como a Ferrari, por exemplo, pois quem tem dinheiro pra comprar uma Ferrari, ira comprá-la independente de qualquer atitude que ela venha a tomar na Formula 1, já para a Red Bull, os clientes que não forem de acordo com tal atitude, ao chegar no supermercado, podem optar por outras marcas como TNT, Monster entre outras e pagar ainda mais barato por isso. Agora imaginem o contrario, a Equipe Red Bull perde o Campeonato de Pilotos em nome de uma disputa “limpa”, aí sim a marca ganharia “asas” no mercado, e o esporte ao qual a marca já esta ligada, sairia vencedor, e o senhor Dietrich encheria ainda mais os bolsos.

Concluindo, um homem de negócios será sempre um homem de negócios, Montezemolo pode se dar ao luxo de ganhar com jogo de equipe, e continuar vendendo Ferrares, e Mateschitz pode se dar ao luxo de perder um campeonato, e vender ainda muito mais latinhas de energético.

Comentários

  1. Carissimo Regi. Recebi um e-mail seu convidando a visitar se blog e estou fazendo agora. So queria discordar de um detalhe: Vc mencionou "do que uma marca como a Ferrari, por exemplo, pois quem tem dinheiro pra comprar uma Ferrari, ira comprá-la independente de qualquer atitude que ela venha a tomar na Formula 1". So queria lembrar que a Lamborghini foi criada justamente porque o Comendador pesava dessa forma e criou para ele mesmo um grande problema: uma concorrente forte. Ainda acho que a Ferrari deveria avaliar esses planos, pois a imagem dela esta se destruindo pelo mundo, so que de forma sutil. E quando for percebido, podera ser tarde demais. Grande abraço!

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