Pular para o conteúdo principal

Passando a Stock Car a limpo. Parte 2: A Competitívidade.

O dinheiro todo que é investido numa Equipe de Stock Car, a começar pela compra de um ou dois carros, a um custo aproximado de R$ 430.000,00 cada um, alem do carro é preciso contratar bons profissionais, mecânicos , um bom piloto etc... É aí que se começa a separar uma Equipe da outra, aquela que se destaca, nem sempre é a que tem o maior capital investido, e fica evidente que o dinheiro não o fator determinante, mais sim, o quanto o time de pessoas que formam esta Equipe estão unidos em busca de resultados.

A busca de um resultado vitorioso esta ligada a busca do melhor, o melhor Equipamento, os melhores Profissionais, o melhor Piloto, e a busca por esse melhor, é capaz de fazer com que os milhões que são investidos durante uma temporada, não sejam suficientes para um resultado positivo, mais é preciso buscar mais e mais, e em muitos casos tirar dinheiro do próprio bolso para se ter o melhor.
Não há como falar desta busca pela “perfeição” sem mencionar a Equipe mais vencedora da Stock Car em todos os tempos, a Action Power. Hoje após ter sido extinta, depois de um grave acidente em 2009, onde um incêndio levou embora os carros e os sonhos da Família Marques, podemos dizer que a Action já é uma “lenda” do Automobilismo Brasileiro. Paulo de Tarso seu fundador, nunca mediu esforços desde o inicio da carreira de Piloto, em ter sempre o melhor equipamento, no seu carro e posteriormente nos carros que preparou para os pilotos que por lá passaram, entre eles a destacar, Ingo Hoffmann, o maior vencedor da Stock Car. A Equipe Action Power, sempre esteve na vanguarda do nosso Automobilismo, sempre foi a Equipe mais preparada em termos de Equipamentos, o que não existia no mercado, eles importavam ou até mesmo inventavam, a estrutura da equipe sempre foi a maior dentre as Equipes, o Prédio sede da Equipe foi criado para atender todas as necessidades de Mecânicos, Engenheiros e Pilotos, estes um caso a parte, foram nomes como Luciano Burti, Tarso Marques, Enrique Bernoldi, Antonio Pizonia e Ingo Hoffmann todos com passagem pela Formula 1 e outros nomes que dispensam apresentação como Cacá Bueno. Com uma Oficina completa, Salas de treinamento, Salas de recreação, Refeitórios, Academia a Sede que custou Milhões de Reais foi toda construída pensando em uma única coisa, competitividade. Na parte técnica, um mini túnel de vento foi criado, um dinamômetro e todos os melhores equipamento do mercado. Os profissionais que por lá passaram, hoje se destacam na Stock Car até mesmo com suas próprias equipes, caso por exemplo de Rosinei Campos o (Meinha) hoje dono de duas Equipes que disputam o Campeonato a RC Eurofarma e a RCM Motorsport, e Mauricio Mattos que trabalhou também na Action e que hoje é um dos proprietários da AMG Motorsport, Equipe que vem liderando o Campeonato. Muito do que são hoje, se deve ao aprendizado que tiveram com Paulo de Tarso, o jeito “Action Power” de se trabalhar, não medindo esforços, nem recursos, mais sempre com um só objetivo, a vitória. Nos anos difíceis, em que patrocínios estavam difíceis, Paulo de Tarso injetava seu próprio capital e estampava a maca de uma de suas empresas nos carros e continuava competindo. Esse espírito de garra de Paulo, sempre contagiou a família que se uniu em torno do mesmo objetivo, essa garra, foi a mesma que levou o filho Tarso Marques a Formula1, o caçula Thiago a ganhar o Campeonato da Stock Ligth no seu ano de estréia como Piloto, e Garcez Marques a chefe de Equipe também Campeão. A “Ferrari brasileira” como era carinhosamente chamada pode ser traduzida em números, até 2008 foram, 20 anos, 55 vitorias, 50 poles e 6 Titulos.
Este é sem dúvida o maior exemplo de como ser uma Equipe que trabalha com os fatores Dinheiro, Equipamento e Funcionários a seu favor, em busca de vitorias e conseqüentemente de Titulos. Porem como existem bons exemplos como a Actiom Power, também existem Equipes cujo seus proprietários preocupam-se apenas com o status de donos de equipe e o glamour que isso trás, e esquecem de que automobilismo é feito de resultados. Mais isto é assunto para a terceira parte desta reportagem aguardem (continua).

Comentários

  1. Esqueceu de contar os dois anos de suspensão do Tarso por doping??? hahahahahahahaha

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Quanto Custa? Parte 1: Formula 1600, Formula Inter e Formula 3.

Qualquer piloto que ingresse no Kart, com raras exceções, tem como objetivo uma carreira no automobilismo, num primeiro momento não há piloto jovem ou pai de piloto que não tenha se imaginado, ou imaginado o filho, chegando a Formula 1. Lamento dizer, mas este sonho se torna cada vez mais difícil de alcançar e por muitos motivos. Um deles é a falta de planejamento e de alternativas que devem ser pensadas já no inicio da carreira no Kart.  Pais, managers e treinadores devem ter em mente e passar isso ao piloto, que embora o sonho seja a Formula 1, existem outras categorias espalhadas pelo mundo onde se pode ser profissional e viver de automobilismo, e mesmo seguindo com o sonho de chegar ao topo, existem etapas que devem ser respeitadas ainda dentro do automobilismo nacional a fim de ganhar experiência e progredir de maneira que cada degrau seja vencido rumo ao objetivo traçado. Nesta primeira parte, vamos mostrar algumas alternativas para quem pretende seguir carreira no automob

Piloto é Atleta?

Como sempre, um assunto é noticiado, o sensacionalismo é feito, a pseudo “imprensa” acompanha, porem pra cada fato novo, cada morte nas pistas, cada burrada da Confederação, é bem comum os “jornalistas” apontarem um fato, focarem no acontecido e bater na mesma tecla até aparecer outro fato. O difícil é ver alguém disposto a discutir fatos, dar soluções levantar questões. O assunto da ultima semana foi um novo caso de doping no Automobilismo, mais não parece estranho o próprio termo “doping no automobilismo”? Pouca gente sabe, e os sensacionalistas se “esquecem” de explicar que as leis anti-doping mundiais, as quais a FIA e CBA obedecem, foram criadas para impedir que “atletas”, pudessem levar vantagem em competições sobre outros “atletas”, através do uso de substancias que de alguma forma, aumentem a resistência ou potencia física. Atleta: 1 Pessoa dedicada a pratica de exercícios físicos; ginasta. 2 pessoa que pratica esportes, jogador; esportista. 3 pessoa robusta. (Dicionário Luf

William Starostik: suspenso por 30 dias.

O ultimo comunicado da CBA, convocando empresas para Promover o Campeonato de Caminhões causou tanto alvoroço que outro comunicado, este do STJD, acabou passando quase despercebido. Segue comunicado: O que me estranha em todos estes casos de doping, e não são poucos, é que as punições quase sempre vêm em períodos de recesso dos campeonatos ou em que o Piloto em questão não esta disputando campeonato algum. Chamam isto de afastamento preventivo, tudo bem, pode ser que estejam esperando a contraprova para realmente atestar uso de substância indevida. Mas e se a contraprova der negativo? Neste caso o piloto já foi exposto, porem e se realmente for atestado positivo. Já que os trinta dias de afastamento contam na pena principal, que pode ser de 1 a 12 meses. Digamos que a pena fosse de 1 mês de afastamento, então o piloto já a teria cumprido durante o afastamento preventivo certo? Aí eu pergunto; Tem campeonato Brasileiro de Marcas rolando durante estes trinta