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Formula 1: Previsões para 2020 e além.




Sob ameaças por conta do Corona Vírus, em meio a uma densa névoa que paira sobre FIA e Ferrari, muito pouco a se desenvolver tecnicamente em carros que serão totalmente diferentes no próximo ano, assim se apresenta a F1 em 2020. E o futuro, a médio e longo prazo, alguém arrisca um prognostico?

Opinião Regii Silva:


Longe de mim querer ser vidente ou algo parecido, mas certas coisas estão aí, visíveis e as vezes nos fixamos em detalhes menos relevantes, como o tal DAS da Mercedes, ou mesmo o acordo escuso entre Ferrari e FIA, a questão é, a Formula 1 existirá como é até quando?

2020 está prestes a se tornar um dos piores anos da categoria e do próprio automobilismo de todos os tempos, haja visto cancelamentos já confirmados de eventos como Moto GP e Formula E entre outros, o próprio GP do Bahrein que acontecerá sem público, a incerteza sobre Vietnã, cancelamento iminente do Grande Prêmio da China e outros mais que virão. Não precisa ser nenhum vidente para imaginar que a temporada será um verdadeiro desafio.

O Grupo Liberty que a cada ano se mostra mais inclinada a transformar a Formula 1, mais num show televisivo, do que propriamente em esporte, aliás esporte a muitos anos não é. Equipes como Ferrari e Mercedes se rendendo a segunda temporada do “Drive to Survive”, tudo muito bem editado, com o mocinho e o bandido, coisa de americano, mal sabem eles que ali ninguém é mocinho, nem mesmo o sorriso de 64 dentes de Ricciardo consegue mais passar essa boa impressão.

Já estou até vendo a próxima temporada no Netflix, a F1 contra o vírus, ou algo parecido, e aos poucos o objetivo de transformar nossos “heróis” em caricaturas, como no WWE, aquelas lutas encenadas que os americanos adoram. Não é difícil imaginar, assistir uma luta sabendo quem vai ganhar, ou uma corrida, sabendo quem vai vencer, hoje sabemos quem vai vencer, será Hamilton, pela sétima vez, e isso não é uma torcida, é um fato.

A salvação pode estar em 2021, na história da Formula 1, grandes ciclos dominantes terminaram com grandes mudanças de regulamento, foi assim na era McLaren, depois Williams, Ferrari, RBR e agora Mercedes, mesmo quando as mudanças não eram tão grandes, a construção de um novo carro, com uma visão diferente, ou até, irregular, como no caso da Brawn, fizeram alguma diferença. Mas agora, 2020, nenhuma equipe iria apostar suas fichas numa mudança drástica, um projeto que não terá continuidade nos próximos anos, o que equivale dizer que pouca coisa irá mudar, e não mudando, dá Mercedes.

Mudanças estão acontecendo e a Formula 1 está parada, acredita que sobreviverá como sempre sobreviveu, a tal Formula 1 sustentável até teve sua tentativa a uma década atrás, mas parou nos motores híbridos e só, longe de mim, um entusiasta automobilista das antigas, desejar que a Categoria se torne elétrica, longe disso, mas, montadoras como Mercedes, Renault e Honda, mais cedo ou mais tarde irão se render a este mercado definitivamente, e a Formula 1 passará a ser um contrassenso.

2020 será um desafio dos maiores que a categoria já enfrentou, mas é nada, diante do futuro que a espera, enquanto seus dirigentes a encaram como um reality show, enquanto a entidade máxima do automobilismo (FIA) a encara como um banco de troca de favores e interesses, aquela que ainda é referência máxima, seja como competição ou como laboratório, pode estar vivendo um de seus maiores desafios, o de sobreviver ao vírus, ao futuro sustentável e acima de tudo, sobreviver a atual administração.            

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