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Sprint Race: Sim, é possível!


Sim é possível, se tivesse um lema, este seria o que melhor se enquadra à Sprint Race. Fazer automobilismo com um custo realmente baixo e com uma qualidade que não deixa nada a desejar também é possível. Um carro em estrutura tubular, bolha em fibra, tecnologia embarcada inclusive telemetria, segurança acima da media, motor de 225cv e cambio sequencial. Os mais críticos poderão dizer: Mas só 225cv? E eu diria que a relação peso potencia destes carrinhos pode surpreender, e mais para a finalidade que foi criado eu diria que sobra carro. A Sprint Race cumpre muito bem o seu papel principal que é o de ser o primeiro passo entre o Kart e o Turismo.
Mas o importante mesmo é o custo, a grande sacada, e a tecla onde venho batendo a muito tempo, uma corrida por menos de 20 Mil era quase inimaginável no inicio, digo isso com propriedade pois eu mesmo, participei da categoria no inicio, e me afastei justamente por achar que não tinha como alcançar um nível aceitável de qualidade pelo custo proposto, e olha que na época estávamos falando de 25Mil e não os 20Mil que são hoje, mas como não entendo nada de automobilismo  em comparação com os organizadores, acho que fiz bobagem. Muito bem, hoje dou a mão a palmatória, pois o Thiago Marques tinha razão, contando com o apoio de empresas como Valeo, Pirelli, Alpina, Fremax, Linkaberto, Ecopads e Bardahl este custo baixo hoje é uma realidade.
Em comparação com alguns campeonatos fica mais obvio entender o sucesso da Sprint Race, se comparado com o Kart de auto nível, uma etapa de Kart para a seletiva Petrobras, por exemplo, não sai por menos de 10 Mil, o mesmo valor é gasto, por exemplo, em uma etapa do Campeonato Metropolitano de Marcas e Pilotos em Curitiba. Estamos falando da metade do valor de uma etapa da Sprint, mas e a outra metade? Pensando também nisso é permitida a participação em duplas e pelo custo de uma etapa de kart praticamente, os pilotos podem dar um passo a diante em sua carreira gastando quase o mesmo valor. É mágica? É milagre? Não é, e digo mais, também não é nenhuma caridade para com os pilotos, é seriedade e um propósito claro de se fazer o melhor à um preço justo e com lucro. E como isso é possível? Simples, construindo o próprio carro, não terceirizando absolutamente nada para que com isso não onere a categoria. Os carros são “alugados” aos Pilotos e não vendidos, uma só equipe prepara todos os carros, a administração, logística, preparação e divulgação é feita pela própria categoria.
Sim é possível, dos dezoito carros do grid, até a ultima atualização, cerca de quinze vagas já foram preenchidas, e por ser uma “categoria escola” alguns nomes já começam a despontar no cenário do automobilismo nacional, entre eles, Guilherme Sperafico cujo sobrenome dispensa qualquer comentário e o estreante de 2012, Marco Garcia, este teve uma breve passagem pelo Regional de Marcas e quando teve a oportunidade de guiar um Sprint Race, desde a primeira corrida se destacou e hoje é um forte candidato ao titulo de 2013.  Felipe Guimarães é também um bom exemplo de qual é o propósito da Sprint Race, através de uma parceria entre a categoria e o SKB Super Kart Brasil, Guimarães ganhou sua participação no Sprint Race 2013.
Todo piloto quando inicia no Kart já sonha em chegar a algum lugar, se a carreira for direcionada aos carros de Turismo, certamente almejara um dia chegar a Stock Car, Brasileiro de Marcas ou até mesmo os caminhões da Formula Truck, mas para chegar a uma destas categorias há que se cumprir uma serie de etapas e a Sprint Race, vista como primeiro passo depois do Kart é sem duvida a melhor opção.
O Exemplo esta aí e muito mais ainda pode ser feito a partir desta iniciativa dos Marques, quem sabe um apoio de empresas como Petrobras ou Branco do Brasil e Caixa Econômica que já apoiam maciçamente o esporte, mas em sua maioria, grandes eventos que nada tem a ver com oportunidade e formação com é o caso da Sprint Race, fica a ideia.

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