Sensacionalismo a parte, é impressionante a falta de sensibilidade com que a imprensa em geral trata dos casos de morte no Automobilismo, e não, antes que alguém diga que isso é preconceito, com o Nordeste ou com uma Categoria inexpressiva. Não precisamos ir muito longe pra encontrar a morte numa categoria de automobilismo mais popular, pois tem o caso do Paranaense Rafael Sperafico, que perdeu a vida em 2007, na ultima corrida da Stock Ligth daquele ano, nesta ocasião a imprensa deu mais espaço para os comentários de outro Piloto envolvido no acidente, Renato Russo, que propriamente na morte de Rafael. No ultimo final de semana mais um Piloto Brasileiro perdeu a vida na pista, o Advogado e Piloto Daniel Maia de 40 anos, morreu na tarde de domingo, durante a disputa da ultima Etapa do Campeonato Cearense de Formula V, no Autódromo Internacional Virgilio Távora, em Eusébio. As causas, culpas e culpados, isso pouco importa, importa sim, que a única morte de um piloto, que teve alguma repercussão na imprensa nacional como um todo, foi a de Airton Senna, e muitos jornalistas que se dizem especializados, nem sabem o nome do outro piloto que morreu no mesmo final de semana fatídico em Imola, você se lembra? Roland Ratzenberger, o pobre coitado que teve a infelicidade de morrer na véspera da morte de Senna, e assim como foi apagada sua carreira, também foi o seu fim. O automobilismo é sim um esporte perigoso, e talvez por isso que se espere que mais cedo ou mais tarde alguém morra, e não condeno isso, o que sou contra é a pouca importância que é dada, principalmente pela imprensa que vive de automobilismo, sites como Tazio e Grande Premio, ou mesmo Uol Automobilismo, por exemplo, e principalmente nesta época do ano, em que os campeonatos praticamente acabaram, preferem dar destaque aos bastidores da Formula 1, que se dedicar a buscar e passar mais informações sobre a morte de um Piloto, que talvez não ele, mais muitos outros, que fazem a existência destes veículos, apenas uma ou duas frases a respeito, alguns espaços menores que as próprias “notas de falecimento” dos jornais impressos. É realmente lamentável, mais é a realidade, não do nosso Automobilismo nem dos que o comandam, mais muito mais lamentável é o jeito mesquinho com que nosso automobilismo é tratado, também pelos veículos que o cobrem.
Qualquer piloto que ingresse no Kart, com raras exceções, tem como objetivo uma carreira no automobilismo, num primeiro momento não há piloto jovem ou pai de piloto que não tenha se imaginado, ou imaginado o filho, chegando a Formula 1. Lamento dizer, mas este sonho se torna cada vez mais difícil de alcançar e por muitos motivos. Um deles é a falta de planejamento e de alternativas que devem ser pensadas já no inicio da carreira no Kart. Pais, managers e treinadores devem ter em mente e passar isso ao piloto, que embora o sonho seja a Formula 1, existem outras categorias espalhadas pelo mundo onde se pode ser profissional e viver de automobilismo, e mesmo seguindo com o sonho de chegar ao topo, existem etapas que devem ser respeitadas ainda dentro do automobilismo nacional a fim de ganhar experiência e progredir de maneira que cada degrau seja vencido rumo ao objetivo traçado. Nesta primeira parte, vamos mostrar algumas alternativas para quem pretende seguir carreira no aut...
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